Sunday, May 15, 2005

Surtei. De ciúmes, insegurança, fraqueza mesmo. Ou na pior das hipóteses, frescura. Toda vez que eu ouço ou vejo alguma menção ao nome da outra, eu fico sem noção. Sinto que ela transfere pra mim o que sentiu (ou sente) pela outra. Fico numa nóia total, me sentindo inútil, pequena, fraca e desinteressante. Parece que nada do que sou ou desejo ser vale a pena. Ás vezes fico com a pulga atrás da orelha com a cobrança dela de que eu faça logo meu mestrado, parece que fica me comparando. Não consigo espressar isso pra ninguém. Parece que todos vão me chamar de louca; o fofs, então, sinto que vai me oferecer o nome de um psicólogo já já... Fico mal mesmo com essa história, tipo, de não querer comentar o que me aflige mas querer que ela saiba o que sinto; tipo, de não querer ouvir o nome da outra mas querer saber os tin-tins por tin-tins da história delas. Acho que se eu não estiver realmente precisando de um psicólogo, devo estar precisando, pelo menos, de um tratamento anti-masoquismo (isso existe?). Mas no fundo acho que tenho razão (e haveria de pensar o contrário???). A outra tem toda uma posição de referência na vida dela. Até um bilhetinho lindo que ela me escreveu foi escrito pela outra. Com todas as vírgulas e pontos; até a quantidade de linhas foi escrita do mesmo jeito. E ela vem me dizer que apenas decorou o que achou bonito pra me escrever. Nunca parei pra pensar nisso, mas imagino que ela abriu a maleta preta, leu o bilhete e escreveu pra me mandar junto com o buquê no dia do meu níver. Foi a coisa mais profunda que alguém poderia ter escrito pra mim e justo no meu aniversário, um dia em que eu estou, consideravelmente, mais frágil e sentimental. Aí, um belo dia, minha curiosidade me leva a abrir a maleta preta e descubro que o lindo bilhete de aniversário foi escrito pela outra pra ela no dia do níver dela. Meu mundo caiu.