Monday, May 23, 2005

Minha mãe foi visitar nossa casa. Me senti a própria mulhjer casada. Uma sensação estranha, eu diria, já que sou casada de direito há um bom tempo. O fato é que senti, de verdade, o cordão umbilical se partindo entre nós duas. Eu, tão independente, e ela, tão precisada de atenção e carinho. É porque, realmente agora, eu estou vivendo minha vida. Tens noção do que é isso?

Sunday, May 15, 2005

Surtei. De ciúmes, insegurança, fraqueza mesmo. Ou na pior das hipóteses, frescura. Toda vez que eu ouço ou vejo alguma menção ao nome da outra, eu fico sem noção. Sinto que ela transfere pra mim o que sentiu (ou sente) pela outra. Fico numa nóia total, me sentindo inútil, pequena, fraca e desinteressante. Parece que nada do que sou ou desejo ser vale a pena. Ás vezes fico com a pulga atrás da orelha com a cobrança dela de que eu faça logo meu mestrado, parece que fica me comparando. Não consigo espressar isso pra ninguém. Parece que todos vão me chamar de louca; o fofs, então, sinto que vai me oferecer o nome de um psicólogo já já... Fico mal mesmo com essa história, tipo, de não querer comentar o que me aflige mas querer que ela saiba o que sinto; tipo, de não querer ouvir o nome da outra mas querer saber os tin-tins por tin-tins da história delas. Acho que se eu não estiver realmente precisando de um psicólogo, devo estar precisando, pelo menos, de um tratamento anti-masoquismo (isso existe?). Mas no fundo acho que tenho razão (e haveria de pensar o contrário???). A outra tem toda uma posição de referência na vida dela. Até um bilhetinho lindo que ela me escreveu foi escrito pela outra. Com todas as vírgulas e pontos; até a quantidade de linhas foi escrita do mesmo jeito. E ela vem me dizer que apenas decorou o que achou bonito pra me escrever. Nunca parei pra pensar nisso, mas imagino que ela abriu a maleta preta, leu o bilhete e escreveu pra me mandar junto com o buquê no dia do meu níver. Foi a coisa mais profunda que alguém poderia ter escrito pra mim e justo no meu aniversário, um dia em que eu estou, consideravelmente, mais frágil e sentimental. Aí, um belo dia, minha curiosidade me leva a abrir a maleta preta e descubro que o lindo bilhete de aniversário foi escrito pela outra pra ela no dia do níver dela. Meu mundo caiu.

Wednesday, May 11, 2005

Vou voltar à adolescência. (Se bem que meu amor diz que esse blog é o maior exemplo de que não saí dessa fase...) Deixa pra lá. Espia só o discurso adolescente:

Tô super fã de um blog escândalo. A mulher é tudo de bom. Tenho certeza que se ela morasse aqui e nós pudéssemos nos conhecer eu iria terminar me encantando mais ainda por ela. Sabe quando você se encanta com alguém só por causa do que esse alguém escreve e quando você imagina que pode conhecê-lo sua respiração fica ofegante e seu coração acelera só de emoção?! Pois é assim que eu me sinto só em ler o blog dela. Não vem ao caso dizer quem é porque essa paixãozinha platônica é só minha (e das milhares de pessoas que a lêem, mas não por indicação minha... - é, porque eu tenho certeza que com o que essa mulher escreve eu não devo ser a única fã!) Ela é antropóloga. Uma das minhas "graduações de consumo". Leciona em faculdade, daí eu tiro a conclusão que ela deve ser muito cult, não só pela graduação, mas também pelo universo de conhecimentos que o ensino superior nos proporciona. Tem umas preocupações bem parecidas com as minhas, tipo: comportamento humano, globalização, alunos, vida de professora cabeça-aberta... enfim, seria minha 'par perfeita' se vivéssemos num universo paralelo... quem sabe!

Tuesday, May 10, 2005

A professorinha

"Posso vê-la daqui. Está cerca de 2m. Acho que está brincando com o celular. Gosta do jogo Triple Pop - um jogo de bolinhas que se encaixam numa tríade - também penso sermos uma tríade (eu, ela e nosso amor cheio de esperanças pautadas num futuro que há de vir).Êita, quase me pega escrevendo. Ah, esqueci de dizer. É minha professora de Inglês - risos - ela quase cai agora pouco, sentou-se na mesa e, coitadinha (da mesa!), quase cai. Queria escrever um monte, mas estou com preguiça, não vejo a hora de irmos pra casa brincar de casinha, dormir de conchinha e de falar das asneiras do dia. Da mãe dela e da minha."

Momô - não lembro o dia.

Sunday, May 08, 2005

Dia das Mães. Não passei o dia com a minha. Fiquei me sentindo a ingrata do mundo. Nem fui abraçar a mãe e a cunhada dela. Tá tudo entalado... Isso passa. Amo minha mãe e descobri que não sou ingrata. Não tinha o menor clima... em nenhuma das casas.